Ataques hacker a pequenas e médias empresas no Brasil crescem 41% de janeiro a abril

Análise da Kaspersky revela que o foco dos criminosos são roubo de senhas corporativas e a invasão da rede que conecta o trabalho remoto
Ataques hacker a pequenas e médias empresas no Brasil crescem 41% de janeiro a abril

Relatório da Kaspersky, empresa internacional de cibersegurança e privacidade digital, aponta que os ataques hackers em pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras cresceram 41%, de janeiro a abril, em comparação com o mesmo período do ano passado.

      Segundo a análise da empresa, os principais golpes são o roubo de senhas corporativas, ataques via internet e invasão da rede que explora o trabalho remoto.

        Os pesquisadores da Kaspersky verificaram que os bloqueios do Trojan-PSW (Password Stealing Ware), programa que visa roubar senhas dos funcionários para garantir acesso à rede da empresa ou ao internet banking da organização, cresceram 143%, no Brasil, segundo maior país na América Latina a sofrer esse tipo de ataque, atrás do México.

          Outra estratégia de ataque que aumentou recentemente contra pequenas e médias empresas, segundo o relatório, são os ataques pela internetpelos quais os criminosos infectam sites muito acessados pelas pessoas (como portais de notícia, lojas de grandes redes) com um programa que irá contaminar os dispositivos de quem acessá-los, explorando vulnerabilidades em programas populares, como Windows e pacote Office.

            Ao ter sucesso nessa “infecção”, os criminosos passam a ter acesso ao dispositivo da pessoa, às informações contidas nele e à rede da organização em que trabalha. No Brasil, foram registrados mais de 2,6 milhões de bloqueios deste tipo de golpe, número 72% maior do que o do segundo país mais atacado da região, o Peru.

              Ainda segundo o relatório, outro esquema que se beneficiou do trabalho remoto foram os ataques ao protocolo Remote Desktop Protocol (RDP). Essa tecnologia fornece o acesso remoto do funcionário à rede da empresa, porém a falta de cuidados de segurança permite que seja explorada por criminosos para realizar outros golpes, como o roubo e sequestro de informações.

                Esse tipo de ataque diminuiu no mundo, mas no Brasil chegou a 20 milhões de tentativas, colocando o país na liderança, com um volume quase quatro vezes maior que o da Colômbia, segunda mais atacada nessa categoria de invasão.

                    Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, aponta que os hackers estão explorando a ausência de um sistema de segurança digital robusto nas pequenas e médias empresas. Nesse sentido, ele recomenda contratar soluções pré-configuradas e, de preferência, baseadas na nuvem.


                    Fonte: valorinveste.globo.com